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Os mais felizes no trabalho

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LUCIELE VELLUTO

A empresária Cristiane Teixeira, de 33 anos, trabalhava no setor de marketing de uma universidade, de segunda a sexta-feira, em horário comercial, com bom salário e na área de sua formação. Mas isso não era suficiente. Estar perto da família era o desejo dela e abrir um restaurante foi a opção encontrada para ter renda, ficar próxima do marido e ter filhos. “Hoje eu trabalho muito mais, aos fins de semana e feriados, mas tenho uma vida muito melhor, pois estou perto de casa e da família. Consegui até ter uma filha nesse processo de mudança”, conta.

Cristiane é um exemplo do que indica pesquisa realizada pela empresa de recursos humanos Right Management, que mostra a felicidade profissional — definida no estudo como estar motivado em 70% do tempo que está no trabalho.

No levantamento, os proprietários de empresas tiveram um índice de satisfação de 74%, enquanto 48% dos profissionais contratados por empresas privadas disseram poder ser enquadrados nessa situação.

Cristiane Teixeira, que trabalhava no setor de marketing, abriu um restaurante para ficar mais perto da família (Foto: LAWRENCE BODNAR/AE)

“Isso está muito ligado a ter a liberdade de decidir, de opinar, de participar. O dono da empresa tem isso e o empregado não. As empresas precisam trabalhar melhor isso, ser mais transparentes, ter mais diálogo de forma que seus empregados possam se sentir parte e até donos das empresas”, explica Elaine Saad, gerente geral da Right Management.

A flexibilidade de ser dona do próprio negócio foi um dos fatores que ajudaram Cristina a abrir seu restaurante. “Antes eu tinha horário fixo, tinha de me deslocar de Arujá para São Paulo, perder duas horas no trânsito. Agora, posso dar um pulo em casa para ver minha filha enquanto o restaurante está fechado, trazer ela para trabalhar comigo. Eu tinha uma salário bom, mas isso não era suficiente”, afirma a empresária.

Satisfação
Para a consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Sandra Fiorentini, a satisfação do empreendedor está diretamente ligada à realização pessoal e não apenas à remuneração.

“Ele não trabalha somente pelo dinheiro, mas para realizar um sonho. E ainda tem autonomia, liberdade para decidir, o que não ocorre com quem está empregado em uma empresa. E por ser algo que a pessoa deseja, ela vai se dedicar muito mais do que um funcionário”, conta a consultora do Sebrae-SP.

Sandra lembra que para abrir o próprio negócio, é preciso ter planejamento para que essa mudança não se torne motivo de tristeza em vez de felicidade. “Ser dono significa ter muita responsabilidade. Tudo depende dele”, diz.

O consultor de empresas e sócio da Planeje-se, firma de tecnologia de gestão, Fernando Alvite, acredita que os profissionais precisam pensar sem empreendedores como parte da carreira.

“Para a maioria, ser dono de empresa é uma opção ou falta de opção, o que leva a ter o próprio negócio. E crescer profissionalmente é somente dentro de uma empresa. As pessoas precisam planejar mais e pensar nisso como parte da carreira”, avalia o sócio consultor de empresas e sócio da Planeje-se.


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